A escultura para jardim “Árvore das Almas” de Irene de Mendonça Peixoto, é um desdobramento tridimensional de uma fabulação artística oriunda de desenhos de mesmo nome que conjuga a imersão na natureza, provocada pelo distanciamento social devido à pandemia do Covid-19, com os acasos da intuição poética.

O processo criativo e bioinspirado propõe uma investigação dos processos artísticos sob uma perspectiva intuitiva e onírica, na qual a comunicação acontece de forma sensorial e mimética tal como ocorre na natureza, porém se deslocando em evocações mais complexas, desdobrando os sentidos da matéria sem perder a conexão entre o percebido e o imaginado. No vídeo produzido sobre a obra também discutiremos a análise proposta pelo modelo de criatividade artística baseado em processos de Pale Dahlstedt, no qual a noção de negociação entre conceito e representação material é fundamental para entendermos melhor os mecanismos supostamente aleatórios e subjetivos dos processos artísticos.